terça-feira, 8 de novembro de 2011

Royalties: O que está em jogo é o futuro do nosso estado

Mas tem gente preocupada com dividendos políticos
Garotinho e Rosinha conversam com o senador Crivella na reunião do Palácio Guanabara (Foto de Rogério Azevedo)
Garotinho e Rosinha conversam com o senador Crivella na reunião do Palácio Guanabara (Foto de Rogério Azevedo)


Quero aproveitar o momento para fazer aqui uma reflexão, que não sei se já passou pela cabeça de vocês, acerca da batalha que estamos travando para defender os nossos royalties. Nos últimos dias fui procurado por incontáveis jornalistas me indagando se eu e Rosinha iríamos comparecer à reunião de organização da manifestação dos royalties, no Palácio Guanabara com o governador Cabral. Foi até noticiado na imprensa e em sites, com certo espanto, que eu confirmei nossa presença. É óbvio que nós nos fizemos presentes, afinal é uma luta de todos, não colocamos interesses políticos ou disputas eleitorais como prioridade, ainda mais numa hora tão grave como essa.

Desde o primeiro momento, quando Rosinha, em Campos, por ocasião da primeira derrota na Câmara, em março de 2010, foi para a BR – 101, onde o povo fechou a rodovia para protestar e articulou a primeira manifestação no Rio, sempre cobrei aqui que Cabral, como governador do Estado, tinha que estar à frente dessa luta. Sempre tive em mente que sem a união de todos seríamos derrotados. Todo mundo político sabe que aquela marcha da Candelária à Cinelândia, em 2010, aconteceu por iniciativa de Rosinha que tentou falar com Cabral, não conseguiu, mas foi atendida pelo vice Pezão e avisou que vinha com o povo de Campos para o Rio e pediu o apoio do governo do Estado. Cabral vendo que ia ficar mal aceitou a contragosto a passeata, mas quis passar para a população que era iniciativa sua.

Toda a atuação de Cabral ao longo dessa batalha dos royalties foi marcada pela omissão, viajando para fora do Brasil nos momentos decisivos, ou então por uma postura equivocada, não negociando e preferindo atacar ou xingar políticos de outros estados. Mas, Cabral, como vários colunistas políticos mostraram, também se pautou pela preocupação quase obsessiva de que eu e Rosinha viéssemos a colher os dividendos políticos dessa luta. Aliás, tem mais político – não é apenas Cabral – de olho em dividendos eleitorais no próximo ano.

Sobre isso quero dizer aqui uma verdade que não sei se algum colaborador ou amigo de Cabral já teve coragem de lhe dizer cara a cara. Se lá atrás, em 2010, no lugar de ter abandonado o Rio e ter ido passear na Europa; se em vez de negociar e defender o nosso estado, e depois para tentar salvar a pele ter protagonizado aquela cena de comédia pastelão chorando para ver se o povo ficava com pena dele; se no lugar de todos esses erros Cabral tivesse feito o seu papel, liderado o estado, tomado a frente das negociações, mobilizado a população – como fez Rosinha – é elementar que com todo o apoio que tem da mídia capitalizaria para si todos os dividendos políticos de uma vitória. Mas não aconteceu nada disso.

É bom que fique claro, que nem eu, nem Rosinha estamos atrás de dividendos políticos, até porque sabemos que a mídia, como vem fazendo há muito tempo, jamais vai destacar a nossa luta, as nossas iniciativas. Nós fomos governadores do Rio, eu nasci e Rosinha passou quase toda a sua vida em Campos, município que mais produz petróleo no Brasil, conhecemos essa questão a fundo e pela nossa experiência sabíamos que era preciso colocar o povo na rua, coisa que só agora Cabral se convenceu. Sempre defendemos a união de todos no Rio de Janeiro. Foi assim que Rosinha conseguiu ser vitoriosa naquela campanha “A Refinaria é nossa”, que trouxe para Itaboraí, o Complexo Petroquímico da PETROBRAS, que está sendo construído. Vocês se lembram? Quem acompanha o blog sabe que venho destacando sempre a luta da bancada do Rio de Janeiro, jamais me colocando acima de ninguém. Sei que precisamos de todos para correr atrás do prejuízo.

Por isso, é óbvio que eu, Rosinha, assim como nossa filha, a deputada estadual Clarissa Garotinho comparecemos a essa reunião do Palácio Guanabara. A nossa preocupação no momento não é com dividendos políticos e sim, com o futuro do nosso estado, com a defesa dos interesses do povo que nos elegeu para representá-lo. Além do mais, com todo o respeito, hoje, podem não ser todos, mas a maioria do povo do Rio de Janeiro está vendo quem luta por ele e quem se esconde; quem o representa e quem se omite, e isso vale para Cabral, para parlamentares, para prefeitos. Na hora certa as pessoas vão lembrar quem é quem. Depois não adianta fazer como Cabral fez e começar a chorar.

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