A história de um miliciano com “costas quentes” na política
Reprodução da capa do Extra |
Todos os jornais noticiaram o caso inusitado da prisão do miliciano conhecido como Falcon, que após o carnaval virou o todo-poderoso da escola de samba Portela, mesmo sem ser presidente da agremiação. Existe muito mais que não foi contado nessa história.
Falcon mesmo sendo policial militar, com a proteção da cúpula da Segurança Pública era um daqueles policiais fantasmas lotados na Delegacia Anti-Sequestro, com pleno conhecimento de seus superiores. Nem poderia estar lotado lá.
Se forem fundo na investigação sobre o sargento Falcon vão chegar a muitos crimes chamados insolúveis. O policial sempre gozou de tratamento especial. Tanto que teve o desplante de fortemente armado acompanhar um amigo miliciano que estava se entregando à polícia. Estava certo de que não seria incomodado. Alguma coisa deu errado na hora porque ele recebeu voz de prisão.
Falcon é ligado às milícias; à contravenção, onde é um dos que comanda os negócios que eram do banqueiro de bicho Piruinha, hoje nas mãos dos filhos; e tem ligação com políticos.
O último fato sobre Falcon que muitos estranharam diz respeito à Portela. Foi amplamente noticiado na imprensa antes do carnaval que o prefeito Eduardo Paes falava cobras e lagartos do presidente de sua escola de coração, a Portela, o comandante Nilo Figueiredo. Dizia que não ia dar mais dinheiro à escola e articulou para derrubar o presidente junto com o deputado Julio Lopes, que também é ligado à escola.
De repente após o carnaval acontece um “golpe de estado”. Com o apoio de Paes, da família de Piruinha (os Scafuras) e da milícia de Oswaldo Cruz, o sargento Falcon vira diretor de carnaval da Portela com plenos poderes e o presidente passa a não apitar nada, só vai cuidar de eventos sociais.
É claro que não tenham dúvidas de que a esta hora o secretário Beltrame já determinou uma “operação abafa”, mas o dia que forem fundo vão descobrir ligações do sargento Falcon não apenas com as milícias ou a contravenção, mas com gente poderosa da política do nosso estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário